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24/10 | sáb | 20h | música erudita contemporânea | Falando Brasileiro, com Quinta Essentia Quarteto

  • 20:00

OS MUNDOS DE MÁRIO DE ANDRADE E A CONTEMPORANEIDADE

“Sou um tupi tangendo um alaúde”

Entre os anos 1920 e 1940, pareciam intransponíveis as distâncias entre o Brasil e a América Latina, em termos culturais. Com uma única exceção: Mário de Andrade. Ao pensar em Brasil, Mário pensou nas músicas populares, saiu do gabinete, viajou ao nordeste para recolher melodias folclóricas. É com este espírito que os quatro concertos de outubro e novembro exploram a riqueza deste ponto de vista ainda hoje capital para a compreensão de nossa música e cultura. E o estendem à nuestra América. Renato Braz e o Maogani mostram uma incrível e multicolorida viagem musical pelas músicas populares da América Latina. Outro celebrado quarteto de violões brasileiro, o Quaternaglia, parte de uma música afro de Almeida Prado, “Xangô”, para compor um caleidoscópio da produção violonística brasileira de ontem e de hoje. As flautas doces do Quinta Essentia mostram o que é a música brasileira em “Falando brasileiro”. E o quarteto de sopros Ensemble Brasileiro de Música Moderna faz uma panorâmica sobre a música de dois criadores que encarnaram o ideal marioandradino: Villa-Lobos e Guerra-Peixe.

24/10 | sáb | 20h

Falando Brasileiro

Quinta Essentia Quarteto

Felipe Araújo (flauta doce)

Fernanda de Castro (flauta doce)

Gustavo de Francisco (flauta doce)

Renata Pereira (flauta doce)

Fazer música de câmara com flautas doces é transitar no velho e no novo mundo das expressões musicais. No Brasil, a relação com o antigo nos fascina pelo risco criativo que corremos em nossas interpretações de um texto musical – esta é a profissão de fé artística do Quinta Essentia. No espetáculo Falando Brasileiro, há muitas criações originais para flautas  doces e arranjos de melodias consagradas que fazem parte do imaginário popular brasileiro. Esta mistura entre a matriz europeia e as cores dos sons nacionais espalhados pelo país reflete-se nas suítes e quartetos do argentino Eduardo Escalante, que veio para São Paulo aos 12 anos, em 1949 e naturalizou-se brasileiro, sendo aqui aluno de Camargo Guarnieri; do gaúcho Bruno Kiefer; e do petropolitano César Guerra-Peixe, que transitou pela vanguarda experimental e também pelo nacionalismo preconizado por Mário de Andrade.

Programa

– Jura (Sinhô)

-Choro do Fábio (Rafael dos Santos)

-Desafinado (Tom Jobim)

-Ponta de Areia (Miton Nascimento e Fernando Brant)

-Quatro peças para flautas doces (Eduardo Escalante): Canoa (barcarola), Chorinho (fugato), Moderado e Embolada

-Choro pro Zé (Guinga)

-Quarteto no. 1 para flautas doces (Eduardo Escalante): Paisagem, Modinha (Jardim da Luz), Dança (trenzinho da Cantareira) e Rondó (Metrô)

-Primeira Suíte Infantil (Guerra-Peixe): Ponteio, Valsa, Choro, Seresta e Achechê

-Cinco Poemas da Terra (Bruno Kiefer)

local: cpfl cultura (rua jorge figueiredo corrêa, 1632, chácara primavera, campinas – sp);
data: 24/10;
horário: 20h;
capacidade: sala umuarama: 162 lugares;
classificação etária: 14 anos;
entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 19h. vagas limitadas;
informações: cpfl cultura (19) 3756-8000