28
nov

28/11 | sáb | 20h | música erudita contemporânea: Xangô, com Quaternaglia, quarteto de violões

  • 20:00

Entre os anos 1920 e 1940, pareciam intransponíveis as distâncias entre o Brasil e a América Latina, em termos culturais. Com uma única exceção: Mário de Andrade. Ao pensar em Brasil, Mário pensou nas músicas populares, saiu do gabinete, viajou ao nordeste para recolher melodias folclóricas. É com este espírito que os quatro concertos de outubro e novembro exploram a riqueza deste ponto de vista ainda hoje capital para a compreensão de nossa música e cultura. E o estendem à nuestra América. Renato Braz e o Maogani mostram uma incrível e multicolorida viagem musical pelas músicas populares da América Latina. Outro celebrado quarteto de violões brasileiro, o Quaternaglia, parte de uma música afro de Almeida Prado, “Xangô”, para compor um caleidoscópio da produção violonística brasileira de ontem e de hoje. As flautas doces do Quinta Essentia mostram o que é a música brasileira em “Falando brasileiro”. E o quarteto de sopros Ensemble Brasileiro de Música Moderna faz uma panorâmica sobre a música de dois criadores que encarnaram o ideal marioandradino: Villa-Lobos e Guerra-Peixe.

28/11 | sáb | 20h

Xangô

Quaternaglia, quarteto de violões

Chrystian Dozza (violão Sérgio Abreu 2012 no. 621)
Fábio Ramazzini  (violão Sérgio Abreu 2002 no. 474)
Thiago Abdalla (violão Sérgio Abreu 2002 no. 463)
Sidney Molina (violão 7 cordas Sérgio Abreu 1997 no. 359)

Um grande arco histórico da criação brasileira em sentido amplo, em arranjos especiais para quarteto de violões. O concerto Brasileira, em arranjo de João Luiz, e as Bachianas Brasileiras no. 9, arranjadas por Thiago Tavares e o Quaternaglia. A suíte de Ronaldo Miranda, “Canção sem fim”, de Sérgio, irmão de Sidney Molina, uma peça de um dos integrantes do quarteto, Chrystian Dozza (“Sobre um tema de Egberto Gismonti”), três criações de João Luiz dedicadas ao grupo e Maracatu da Pipa, de Paulo Bellinati, completam a apresentação de um dos mais destacados quartetos de violões brasileiros, com intensa atuação no exterior. “Xangô” remete a uma obra de Almeida Prado, um dos artistas mais interessantes da música clássica brasileira na segunda metade do século 20. Almeida Prado compôs “Xangô” para piano e utiliza o ‘Canto de Xangô’, breve tema transcrito por Mário de Andrade no ‘Ensaio sobre a música brasileira’. Na tradição iorubá, xangô é o orixá da justiça, do trovão, dos raios e do fogo.

Programa

– Choros no. 5 “Alma Brasileira”, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) arr. João Luiz
– XIV Variações sobre o tema de Xangô , de Almeida Prado (1943-2010), versão de Almeida Prado e João Luiz
– Suíte no. 3 – Ronaldo Miranda (1948) arr. Chrystian Dozza: Allegro, Allegretto, Lento e Allegro gracioso
– Canção sem fim (para sons sem palavras), de Sérgio Molina
– Chrystian Dozza: Sobre um tema de Egberto Gismonti (baseado em Sete Anéis)
– Modinha , Urbano, Kirsten (toada), de João Luiz (1979)
– Maracatu da Pipa, de Paulo Bellinati
– Bachianas Brasileiras no. 9, de Heitor Villa-Lobos : Prelúdio; Fuga

local: sala umuarama | cpfl cultura (rua jorge figueiredo corrêa, 1632, chácara primavera, campinas – sp);
horário: 20h;
capacidade: 162 lugares;
classificação etária: 14 anos;
entrada gratuita, com retirada de ingressos, a partir das 19h. vagas limitadas (2 ingressos por pessoa);
informações: cpfl cultura (19) 3756-8000