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nov

campinas | café filosófico | desafios do pensamento político contemporâneo, com andrea faggion

  • 19:00

18/11 | sex | 19h
Desafios do pensamento político contemporâneo, com Andrea Faggion, professora da Universidade Federal do Paraná

Justiça é um conceito que, dificilmente, seria inteligível sem que tomássemos o direito à liberdade como seu pano de fundo. Mas quais são as demandas da justiça? De quantas formas se pode entender o direito à liberdade? Até que ponto o direito à liberdade pode ser absolutizado? Poderia esse direito ser ponderado em relação a outros valores? Como a democracia poderia realizar a justiça? Até que ponto ela pode limitar o direito à liberdade? São algumas das perguntas sobre as quais conversaremos.

Café Filosófico integrante do módulo Visões da justica:

Uma apresentação geral sobre o questão da justiça, no debate contemporâneo. Quais são os grandes temas que definem nosso debate político? Os desafios em torno do que Moisés Naim chama de “o fim do poder”. O aumento do criticismo político nas democracias atuais. A democracia polarizada, a explosão dos flash mobs e das redes de cidadania, o narcisismo e a vulgarizacão da vida púplica, nas redes sociais. A ideia da democracia contemporânea como “grande comunidade”. A partir dai, a retomada do tema da igualdade. Deste autores como Wilkinson, e seu “The Spirit Level”, Thomas Piketty e seu best seller “O Capital no Século XXI”, as obras de Joseph Stiglitz, em especial “The Great Divide”, e mais recentemente Anthony Aktinson, e seu “Inequality”. O ponto comum a todas eles? a identificação do aumento da desigualdade como o desafio por excelência da justiça e da própria possibilidade da democracia, no muito atual. A resposta do filósofo Harry Frankfut, de Princeton, e sua teoria suficientista. A resposta de Amartya Sen, com sua visão neo-aristotélica da expansão das liberdadades com vistas ao “human flourishing”. A resposta de Rawls com seu princípio da diferença e sua defesa da sociedade pluralista.

Será verdade, como dizem muitos (Diamandis, em seu “Abundância”, Ray Kurzweil, entre outros) que estamos transitando de um paradigma da escassez para um paradigma da abundância? Andamos em meio a uma revolução energégica, como projetam visionaries como Elon Musk, que logo transformará residências e edifícios, famílias em produtores de energia limpa? A economia do compartilhamento e a chamada “revolução maker” efetivamente podem alterar significamente nossas relações sociais e econômicas, como sugerem Chris Anderson e Rachel Bostman? Há um conflito crescente entre novas tecnologias e instituições arcaicas, que demandam ciclos mais acelerados de “destruição criativa”?

Em meio a este processo de transformação, velhos conceitos da política, como esquerda e direita, ainda fazem sentido? E o debate contemporâneo sobre o liberalismo e o conservadorismo. Na América Latina, ao menos, diz-se que vivemos o fim do chamado ciclo populista e a ascensão de ideias liberais? Mas que tipo de liberalismo é este? Fala-se, da mesma forma, em um renascimento de ideias conservadoras? É possível diferenciar com nitidez a mente de um liberal da mente de um conservador? No Brasil, o conservadorismo é frequentemente confundido com um certo moralismo de costumes, ou mesmo com velhas posturas autoritárias. Fazem sentido estas correlações? O pensamento conservador se refere a um programa politico em particular ou representa apenas uma atitude diante do mundo social? Que leitura faz o conservadorismo da história moderna? Quais as heranças de Edmund Burke, Hume, Tocqueville, nesta grande tradição? Quem são seus grandes intérpretes, no mundo atual. John Gray, Roger Scruton, será o pensamento conservador uma forma de ceticismo?

 

Local: Instituto CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, Campinas – SP)

Horário: 19h

Capacidade: Café Filosófico: 180 lugares

Classificação Etária: 14 anos

Transmissão online pelo cpflcultura.com.br;

Entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. Vagas Limitadas (lotação da capacidade da sala)

Informações: CPFL Cultura (19) 3756-8000