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os mitos literários do ocidente e a modernidade

com curadoria de manuel da costa pinto.

personagens como hamlet, don juan, ulisses, tristão e isolda, romeu e julieta se tornam representações arquetípicas do ocidente, recriam continuamente a tradição na modernidade e permitem que o velho seja reinterpretado pelo novo. fixam as permanências da cultura e, por fim, reconciliam o homem consigo mesmo.

assim, dom quixote não foi apenas um cavaleiro andante: sua figura mítica também marca a traumática passagem da idade média para o renascimento. fausto não foi somente o homem que vende a alma ao diabo: aos olhos da civilização, ele representa a busca dos segredos do mundo e da natureza.

este módulo mostrou em que medida esses mitos permanecem vivos na modernidade e expressou as principais tendências do pensamento, da subjetividade e do imaginário ocidentais.

gravado em março e abril de 2004.

serie (3): os mitos literários do ocidente e a modernidade

  • versão para tv | amor cortês: tristão e isolda, romeu e julieta, com raul gouveia fernandes

    segundo raul gouveia, é com a poesia dos trovadores, no século xii, que nasce uma nova concepção do amor – o amor cortês – um refinamento dos costumes que se desenvolveu nas cortes dos reis e dos grandes senhores da europa na época, onde a mulher era considerada fonte inspiradora dos bons costumes. De acordo com as palavras do professor, ovídio em a arte de amar entende o amor sobretudo como desejo de posse física. já para platão, o amor é uma força que deve nos orientar pra contemplação do belo em si. o próprio mito de tristão e isolda faz uma alusão de como o amor e a morte podem estar relacionados.
  • versão para tv | os anti-herois da modernidade, com manuel da costa pinto

    A partir do século XIX, os ferozes e impetuosos heróis literários encontram nos anti-heróis seus principais opositores. Segundo Manuel da Costa Pinto, esses personagens mostram モo caráter profundamente imoral ou amoral, nocivo e dogmático do heróiヤ. A crescente problematização da realidade humana indica que os heróis são cada vez mais suscetíveis às falhas e derrotas. Nesse ponto, entra o questionamento dos personagens anti-heróis: revelar a virilidade e a imoralidade dos heróis. Manuel da Costa Pinto: jornalista e colunista do jornal Folha de São Paulo, escritor e tradutor. Mestre em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo, é autor de Albert Camus – Um Elogio do Ensaio (1998) e co-organizador e tradutor da antologia A Inteligência e o Cadafalso e Outros Ensaios, de Albert Camus (1998). Foi editor de vários jornais e revistas em São Paulo. Desde 1997 é editor da revista CULT e assina aos sábados a seção “Rodapé”, na Folha de S. Paulo. Gravado no dia 27/4/2004.

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